Pará é o estado com maior lista de espera para cirurgia pelo SUS, aponta pesquisa

O estado tem mais de 21.000 pessoas nessa fila aguardando pelo procedimento. Parte dos pacientes está aguardando procedimento cirúrgico há mais de 10 anos. E quando demora muito, o que antes não era urgente, passa a ser.

m levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina mostra que o Pará é campeão na região Norte no número de pacientes à espera de uma cirurgia pelo SUS eletiva, aquela que não é urgente. O estado também é o sexto no país no número de esperas. O estado tem mais de 21.000 pessoas nessa fila aguardando pelo procedimento.

Cristina tem reumatismo desde a adolescência. A rotina dela ficou mais limitada há dois anos. Os remédios não aliviam mais as dores e a indicação médica é de cirurgia para implante de próteses nos dois lados do quadril. Só que até agora ela não conseguiu nem a consulta com o ortopedista cirurgião. “Desde 2015 que foi se agravando, com o comprometimento do meu quadril, e a impossibilidade de andar normalmente com eu andava. Já fui em vários ortopedistas e até agora sem sucesso”, diz.

Cristina está na longa fila de 21.426 pessoas no Pará. O levantamento foi feito Conselho Federal de Medicina foi com base nos dados das secretarias estaduais de saúde de 16 estados e 10 capitais brasileiras. O estudo também mostrou que parte dos pacientes está aguardando procedimento cirúrgico há mais de 10 anos. E quando demora muito, o que antes não era urgente, passa a ser.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina no Pará, Paulo Guzzo, muitas vezes, uma cirurgia que poderia ser bem mais simples pode se tornar mais complicada. Segundo a secretaria Estadual de Saúde, a fila de espera deve diminuir até o fim do ano. Estão previstas 8.625 cirurgias eletivas. Ainda assim, não atende nem a metade da demanda.

“A tabela do SUS não é reajustada há mais de 10 anos, então não há um atrativo dos profissionais para fazer essas cirurgias com essa tabela”, diz o secretário estadual de saúde Vitor Mateus.

Enquanto isso, Cristina espera o dia em que vai ser independente novamente. “Ninguém toma nenhuma providência, não faz nada e vai se agravando a situação”, diz.

Com informações do G1

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