A iniciativa da Secretaria Municipal de Serviços Urbanus (Semurb) de lavar a Rua Santos Antônio, no barro Altamira, no trecho onde fica a escola Olga de Sousa Silva, onde ocorreu no ultimo sábado (19) uma ação da prefeitura para emissão de documento de identidade, revoltou a população pelo desperdício de água e também porque diariamente eles convivem com lixo, mato e sujeira espalhada para todos os lados.
Para ‘mascarar’ a realidade, foram também lavadas as dependências da escola, consertada a calçada e capinado o mato, que já tinha virado um matagal no entorno da unidade de ensino, assim como o recolhido o lixo acumulado nas calçadas, incluindo pneus que são potenciais criatórios para o mosquito da dengue. Na área, ruas estão esburacadas e o esgoto corre a céu aberto, inclusive na Rua Pero Vaz de Caminha, que fica por trás da escola, se formou uma verdadeira lagoa pelo esgoto que é despejado das casas.
Essa situação está deixando os moradores apreensivos, principalmente nesses tempos de proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que transmite o Zika Vírus, dengue e febre Chikungunya. Maria Antônia, que mora no local há 20 anos, diz que a situação na área é terrível, porque além do risco de doença, ainda há o mau cheiro do esgoto que incomoda muito.
“Isso aqui é horrível. A gente nem sabe mais a quem pedir socorro. Esse governo e nada, é a mesma coisa”, diz Antônia.
Morador vizinho da escola Olga Sousa, Edilson de Sousa diz que o que a Semurb fez ali foi uma verdadeira ‘palhaçada’, lavando a rua. “Aqui a nossa realidade é triste. Ruas em estado precário, esgoto a céu aberto e sujeira que se acumula, principalmente na calçada da escola. Quer dizer, só porque amanhã o prefeito vai estar aí, mandaram lavar essa rua, que é sempre coberta de lama”, reclama, dizendo que ia dar uma bela vai quando o prefeito Valmir Queiroz Mariano chegasse lá amanhã.
David Sousa ficou tão revoltado que resolveu registrar tudo para mostrar como a Semurb gasta o dinheiro público em coisas desnecessárias, enquanto a cidade está cheia de lixo, com mato para todo lado, ruas escuras e o esgoto correndo a céu aberto, o que contribui para a proliferação de doenças, principalmente em crianças.
“O povo tem que começar a se unir de verdade e cobrar seus direitos. Uma cidade com uma arrecadação milionária ter realidade de municípios paupérrimos é um absurdo”, protesta.
(Tina Santos)
