Em qual Darci Lermen, acreditar?

Coluna do Branco

Darci Lermen, ex-prefeito de Parauapebas, município que governou por dois mandatos (2004-2008 / 2009 – 2012) é, sem dúvida, hoje, o maior personagem político da “capital do minério”, uma figura que reúne amor e ódio, que vai do céu ao inferno, carrega consigo grandes admiradores e fervorosos críticos, tudo isso concretizado ou construído através dos seus dois mantados à frente do Palácio do Morro dos Ventos.

Não é novidade e corre em todos os lugares, em todas as esquinas da cidade que o ex-prefeito petista, agora no PMDB, realizou um bom primeiro mandato, lhe garantindo uma reeleição tranquila sem grandes sustos. Na mesma direção, Darci carrega a “mancha” de um segundo mandato ruim, bem abaixo do esperado e que foi o responsável pela derrubada do projeto de poder do PT na cidade. Essa dicotomia alimenta o imaginário popular e forma opinião sobre Darci Lermen. Concomitantemente a isso, no período do segundo mandato de Darci, a prefeitura batia recordes de arrecadação, por conta da alta cotação do minério de ferro no mercado internacional, quando chegou a 150 dólares. E o que foi feito na cidade nesse período? Esse é o maior carma do ex-prefeito e lhe custou e ainda custa muito eleitoralmente.

Em 2016, depois de quatro anos longe de Parauapebas, na Bahia, Darci retorna à “capital do minério”, buscando retornar ao poder. Para isso, deixou o combalido PT e buscou fortalecer a sua candidatura, por isso a ida ao maior partido do Brasil, o mais municipalizado do Pará: PMDB. Ainda é cedo para qualquer diagnostico em relação a essa troca partidária. De que forma ela altera o processo eleitoral e como impacta as pretensões eleitorais do ex-prefeito? Não há dúvida que a troca tem claramente objetivo eleitoral. Com ele, Darci conseguiu novos e poderosos aliados como os Barbalhos e Chamões, consolidando uma grande estrutura de campanha, o que a permanência no PT não poderia lhe garantir. No que tange à política de aliança que Darci Lermen está “costurando”, já há grande polêmica e isso poderá lhe tirar votos.

O que se sabe até o momento é que Lermen lidera as pesquisas (consideradas consultas pela falta de cumprimento de ritos legais junto à justiça eleitoral), com certa vantagem em relação aos concorrentes. Em algumas destas consultas de opinião, o mesmo Darci lidera ao contrário, com forte rejeição. Portanto, ainda é muito cedo para afirmações ou empolgações.

O ex-prefeito em suas entrevistas não cansa de repetir que, se ganhar a disputa, fará a melhor gestão que Parauapebas já viu. Afirma também que aprendeu muito com os erros e que não os repetirá, está mais experiente, depois das suas duas passagens pelo Palácio do Morro dos Ventos. Não há dúvida que Darci Lermen tornou-se a personalidade política mais polêmica e de maior popularidade nestes 28 anos de Parauapebas.

A disputa pelo Palácio do Morro dos Ventos e seu orçamento bilionário, vai desencadear volumosos investimentos. Os custos da disputa eleitoral deverão ser as mais caras já vista, igualando a de Belém ou até passar os gastos da capital do Pará (haja vista o menor poder fiscalizatório pela estrutura do poder Judiciário em cidades menores).

A questão central e que norteou este texto é justamente a dúvida: em qual Darci acreditar? No perfil empreendedor de grandes transformações e realizações do primeiro mandato ou o gestor acomodado e sem planejamento do segundo? Façam suas apostas.

Por. Henrique Branco

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