Crianças e adultos participam de oficinas no Centro Mulheres de Barro

Iniciativa aborda temas como alfabetização visual, processos lúdicos e também processos de produção artesanal
O Centro Mulheres de Barro segue, até agosto, com uma programação de oficinas de educação patrimonial e técnicas cerâmicas. A iniciativa, que conta com seis turmas envolvendo crianças, adolescentes, adultos, educadores e agentes culturais, faz parte de um conjunto de ações do projeto de implantação do Centro Mulheres de Barro de Exposição e Educação Patrimonial da Serra dos Carajás, patrocinadas pela Vale, por meio da Lei Roaunet.

A coordenadora do projeto, Sandra Santos, explica sobre a parceria. “A Vale vem contribuindo com o processo de qualificação das artesãs desde 2005, a partir do interesse do grupo em participar dos diversos projetos disponibilizados para a comunidade. Em 2013, com a criação jurídica da cooperativa, foi possível estender a parceria e hoje a empresa é nossa cliente. Estão adquirindo produtos e serviços, além de nos qualificar como fornecedora local. Isso é importante, pois é a qualificação do setor cultural para o mercado”, conclui.

As oficinas do projeto têm como objetivo despertar para a valorização do patrimônio artístico-arqueológico e da identidade cultural da região, com atividades de educação patrimonial que contemplam as memórias culturais a partir da produção artesanal, trabalhando desde o beneficiamento de matéria-prima, passando pela criação gráfica e decoração, até a queima e finalização das peças.

Para o gerente de relacionamento com comunidades da Vale no Pará, Sérgio Costa “apoiando iniciativas como essa, a Vale está contribuindo com a produção e a difusão da cultural da região e também com a diversificação da economia e geração de renda no município”.

As oficinas

As oficinas de educação patrimonial, destinadas a crianças e adolescentes, estão divididas em três módulos, com foco no reconhecimento e na difusão da identidade cultural pessoal, constituído pela família e pelo patrimônio do território, que compõem a riqueza cultural local. Entre as ações previstas estão alfabetização visual, processos lúdicos criativos em aulas de artesania cerâmica.

Para o curso de técnicas cerâmicas, a Cooperativa realizou oficinas de sensibilização artística para moradores de bairros mais afastados como Ipiranga, Tropical I e II, e também da zona rural, nos assentamentos de Palmares II e Palmares Sul.  “Nós fomos até estas comunidades para oportunizar a participação nas nossas oficinas. Queremos que pessoas de todo o município tenham oportunidade de conhecer o nosso projeto”, explica Sandra.

Já o grupo de educadores e agentes culturais participa de uma oficina avançada em qualificação da educação patrimonial que envolve a identidade criativa e o direito à memória, utilizando a história oral e educação patrimonial como ferramenta de educação; a integração social e salvaguarda do patrimônio e educação para o Patrimônio. Além de abordar um mapeamento coletivo da memória do processo migratório e a formação da cultura contemporânea de Parauapebas; os recursos naturais e culturais da região, seus potenciais econômicos e uso como material educativo.

Mulheres de Barro

O grupo Mulheres de Barro nasceu no período entre 2005 e 2011, fruto das oficinas do Programa de Educação Patrimonial, uma das atividades ambientais realizadas pela Vale, na época da implantação do projeto Salobo. Desde então, o grupo vem desenvolvendo ações para valorização da história e cultura da região de Carajás, que contaram com o apoio da Fundação Vale..

A partir de 2013, com a criação da Cooperativa Mulheres de Barro, a entidade vem fortalecendo a atividade artesanal, com a produção, venda e divulgação de produtos cerâmicos inspirados em artefatos encontrados, por meio de pesquisas arqueológicas.

Em novembro de 2016, a Cooperativa inaugurou o Centro Mulheres de Barro de Exposição e Educação Patrimonial da Serra dos Carajás com a abertura da exposição “Mulheres de Barro: identidade e memória”.

 

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