Um levantamento inédito desenvolvido pela reportagem do Portal Canaã com base nos dados divulgados pelo Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran-PA) apresenta que a capital paraense ficou em primeiro lugar com 394.839 registros, seguida dos municípios de Ananindeua na Região Metropolitana com 122.000 autos aplicados e Parauapebas em terceiro no ranking, com 80 mil autos de infrações registrados no ano de 2016.
De acordo com o levantamento ocorreu um aumento significativo nas infrações de trânsito no ano passado em relação ao ano de 2015. Um milhão cento e um mil novecentos e vinte e um (1.101,921), autos de infrações foram lavrados no Estado do Pará pelos órgãos atuadores em 2016. Em 2015, foram lavrados 898.409 autos, portanto um aumento de 22,65%.
Segundo o setor de estatística do Detran as três infrações mais recorrentes no Pará, foram:transitar em velocidade superior a permitida até 20% (infração média), com 404.450 mil, seguida da infração de avanço do sinal vermelho (infração gravíssima), com 202.584, e transitar em velocidade superior a permitida a mais de 20% até 50% (infração grave) com 79.162 mil registros.
Em Belém as infrações mais cometidas foram: transitar em velocidade superior a 20% (infração média), com 164.603 mil, seguida do avanço do sinal vermelho (infração gravíssima), com 135.156 e transitar em velocidade superior a permitida mais de 20% até 50%: 27.158 infrações.
Peso no bolso
Em todo o ano de 2016, foram registradas 29.354 infrações de não uso do cinto de segurança em todo o Pará. Esta irregularidade ficou em 7º lugar no ranking de infrações.
Na capital, as ocorrências somaram 7.209 infrações por não uso do equipamento, a oitava mais registrada em 2016, no ranking das infrações. O consumo de álcool registrou em 2016 um total de 585 acidentes, sendo que 374 resultaram em feridos e 37 em mortes pelo uso da substância proibida na condução de veiculo.
A repercussão no bolso dos condutores trouxe também novos números para uma infração bastante comum neste dias. O uso de celular ao volante chegou a ocupar o 13º lugar em 2015 com 12.779 ocorrências, mas caiu para 19º no ranking até meados de 2016, mais precisamente o mês de agosto, quando foram registrados apenas.6.491 casos contra 9.579 do mesmo período de 2015. Assim, “dirigir utilizando fones’, como é denominado tecnicamente essa infração, caiu drasticamente segundo dados do Detran.
Desde novembro de 2016 essa infração passou do grau médio para gravíssimo, e o valor saltou de R$ 191,54 para R$ 293,47. De quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), falar no celular ao dirigir soma agora sete pontos.
Para o Coordenador de Operações e Fiscalização de Trânsito, Ivan Feitosa, o aumento pode ser explicado pela intensificação da fiscalização e pela instalação de novas ferramentas de medição de velocidade como os radares. “Temos realizado ações em todo o Estado e na capital e agora contamos com o auxílio de radares móveis. Mas é preciso ressaltar que os equipamentos utilizados em auxílio à fiscalização é para coibir infrações que acabam resultando em acidentes graves, principalmente a questão da velocidade, o uso do celular ao volante e a direção sob efeito bebida alcoólica. Mas o que se deseja realmente, é que as pessoas pesem, antes de tudo, a segurança, a vida, antes do valor monetário de qualquer transgressão às leis de trânsito, para que possamos enfim, ver regredir os índices de acidentalidade”, frisa o agente
Reportagem/Portal Canaã