Já ouviram a frase: “A população têm os políticos que merecem”? então, ela continua fazendo real sentido em pelo século XXI e ano de 2017, para ser mais preciso no mês de junho do ano, e acontece periodicamente na Câmara de Municipal de Parauapebas.
Mantendo os trabalhos apenas uma vez por semana, os vereadores aproveitam para usarem os celulares e desenvolver outras atividades enquanto os colegas fazem uso das palavras, palavras pobres, sem coesão, sem propósito, e o mais deprimente, totalmente ensaiadas. O que se nota são os despreparados guiando os mais ou menos e os totalmente comprometidos.
Os vereadores que ainda levam temas importantes ou mais inteligentes, dirigem suas críticas à generalização, aos brasil e ao governo federal, ao externo, mesmo tendo um município problemático e carente de efetivas fiscalizações. Nitidamente são vereadores comprometidos, combinados e preocupados em precaver seus interesses políticos, que, como todos sabem, são atrelados ao excecutivo.
Populares perdem seu tempo, ouvindo o que precisam ouvir para aplaudir e preencherem suas emoções e saíres satisfeitos das palavras de seus representantes. Nada específico, nada técnico, nada que tange a gestão, nada que traga esclarecimentos do dinheiro público, nadas que tragam contrapartidas aos curiosos e contribuintes, nada da Prefeitura de Parauapebas. Apenas requerimentos redundantes e um faz de conta que estão ajudando o executivo, e estão.
Ao terem que fazer uso da palavra, e cumprir seu papel fiscalizador, ouvimos a celebre frase: estou satisfeito (a), já usei a tribuna.
“Combinado”, “vamos acatar”, “sim”, “Concordo, vou votar sim”, “SIM”, “Voto sim”, “Cedido às vistas”, “Voto Sim”, “Sim”, “Sim Sr.”, “Sim, sr. Presidente”, “A favor”, “Com certeza”.
– Aprovado!
Frases pausadas, texto relido, atropelos à gramática, gaguejo, perca de sentido, branco na mente são as características de um presidente de umas das mais importantes câmaras do estado do Pará, a de Parauapebas.
“Os que estivem de acordo permaneçam sentados, os contrário de ponham de pé.” após essa frase regimental, o presidente sem olhar para os pares presentes e, continua: “Não tendo contrário, a proposta foi a prova”. Algo automático, retórico e combinado. Uma novela bem ensaiada. Falam o que tinham que falar, e o que já combinaram entre todos. No mais, é citar alguém que está na plenária para que eles se sinta importante em está aí.
Nada de fato, nada de essência. Apenas retórica.
Poucos sabem, mas os vereadores são os responsáveis por acompanhar os desmandos e principalmente fiscalizar a aplicações da verba pública, verba dos contribuintes que vivem em plena crise no município que mais arrecada impostos, taxas e royalties do Brasil, moradores que vivem na cidade sem saúde, sem transporte e sem água.
Por: O fiscalizador dos que deveriam fiscalizar.
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