Simão Jatene e o filho, Alberto Jatene, são investigados pelo MP

Governo do Estado estaria beneficiando posto de combustível da família para abastecer as frotas da Polícia Militar e Bombeiros. O Ministério Público os investiga por improbidade administrativa.

Promotor diz que abastecimento em posto do filho do governador é imoral. Estado afirma que não contrata postos de combustíveis.

O Ministério Público do Pará ajuizou uma ação de improbidade contra o governador Simão Jatene alegando que o estado teria favorecido o filho dele, Alberto Jatene, ao abastecer parte da frota da Polícia Militar em postos de combustíveis dos quais Alberto é sócio. De acordo com o governo, o estado não contrata postos de combustível, apenas uma empresa que faz o credenciamento dos locais para o abastecimento.

“O governo do estado do Pará contratou uma empresa, a Equador, que através do sistema de cartão iria gerenciar o abastecimento da frota do estado. Hoje o estado não faz abastecimento direto, e ela credencia os postos. Um dos postos arrendados ao filho do governador foi o segundo que mais abasteceu a frota”, explica o promotor Nelson Medrado.

Segundo o promotor, além de ser sócio dos estabelecimentos, Alberto Jatene também é servidor público, atuando no Ministério Público junto ao Tribunal de Contas dos Municípios. “O MP entendeu que esta relação fere o princípio da moralidade, sendo ele filho do governador, tanto que depois da investigação ele não abastece mais o estado”, disse o Medrado.

Governo nega irregularidade
De acordo com o governo do estado, não houve irregularidade. Através da assessoria de imprensa, o governo informa que o processo de licitação para a empresa que iria gerenciar o abastecimento da frota foi feita pela Secretaria de Administração (Sead) obedecento a lei, e que a rede de postos credenciados chega a 240 em 118 municípios do estado.

Ainda segundo o governo, entre os anos de 2012 e 2014 o governo gastou R$ 55 milhões com combustível, sendo 9% deste total no Posto Verdão, do qual Alberto Jatene é sócio cotista (ou seja, não é responsável pela gestão). Segundo o estado, o posto Verdão teria abastecido uma grande quantidade de viaturas por ser localizado a 800 metros do local onde funcionava o Comando Geral da Polícia Militar, que em 2015 mudou de endereço; e cerca de 1,5 km do Comando Geral dos bombeiros.

 

Redação do Portal Canaã com Informações da TV Cultura e G1

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