BR-163 está em estado caótico e trava saída da soja pelo norte do Pará

Centenas de caminhões, carretas, ônibus e veículos menores estão impossibilitados de trafegar por conta dos atoleiros em um trecho da rodovia federal entre o Distrito de Caracol e o município de Itaituba. A situação da Rodovia BR-163, é de caos, devido aos atoleiros que impedem o trânsito de caminhões carregados de soja com destino aos portos de Miritituba e Santarém.

Segundo relato do coordenador de Logística da Aprosoja, Antonio Galvan, mais de cinco mil caminhões estão no trecho de 70 quilômetros que separa as duas comunidades.

“Estas comunidades não têm estrutura para oferecer o mínimo de conforto aos caminhoneiros. Não têm hotel, nem restaurante, e quem está lá está passando por muita dificuldade, falta comida, água potável, medicamentos, está um caos”, repete Galvan.

Nessas condições, ele teme o acirramento dos ânimos, por conta do estresse de quem está há mais de 15 dias parado, sem receber. Até o momento, segundo ele, o máximo que o poder público providenciou foi o envio de uma viatura da polícia rodoviária com dois agentes. “É preciso uma ação forte, com o Dnit mandando máquinas e homens para abrir espaço e restaurar os piores trechos, para dar vazão aos caminhões. Do jeito que está não tem jeito, os caminhoneiros já estão desesperados”.

O desvio do fluxo de cargas para os portos do Sul, segundo Galvan, está comprometido porque não há caminhões disponíveis, já que a maioria está parada nos atoleiros do Norte. Outro problema sério é que os armazéns do Estado de Mato Grosso, com capacidade estática de abrigar apenas 50% da safra, estão lotados e sem poder receber mais cargas. “Os caminhões são verdadeiros armazéns ambulantes, e estando parados não dão vazão à soja que já está nos armazéns”. Em viagem de Sinop para Cuiabá pela BR-163, Galvan constatou – e registrou em vídeo – que o fluxo de caminhões na estrada, antes pesado nessa época de safra, está tranquilo.

Esta semana, em entrevista coletiva na Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o ministro da agricultura, Blairo Maggi, falou sobre as dificuldades de escoar a produção de soja pelo Arco Norte em função das chuvas na região da BR-163 no Pará.  “Com 30 dias de chuvas é impossível. Os volumes terão de ser desviados para o Sul”, disse.  Com informações do do Portal DBO

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