O Maranhão entrou em emergência por causa dos incêndios. Só em outubro, foram registrados mais de 55 mil, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados foram consultados pelo Portal Canaã.
O sertanejo tenta resfriar os casebres de palha para evitar mais destruição pelo fogo.
“Qualquer centelha começa uma ignição. E como a temperatura está muito alta e a umidade baixa, isso é um problema grave”, afirma o tenente-coronel Raimundo Guterrez.
As queimadas sem controle já desabrigaram 100 famílias em cinco cidades no Leste do Maranhão em menos de uma semana. O município de Caxias é o mais afetado e decretou estado de calamidade pública.
Em um vilarejo, o fogo queimou 40 cabeças de gado e destruiu lavouras. O corpo de bombeiros precisou de reforços da capital.
Uma brigada aérea busca água em rios e piscinas e faz longas viagens para conter as labaredas.
Além do calor beirando o insuportável, venta forte nesta época do ano no Maranhão. Aí basta uma faísca para o fogo se alastrar. Foi o que aconteceu em uma reserva ambiental – uma das poucas na área urbana de São Luís.
Na capital, os bombeiros recebem até 25 chamadas por dia e correm para impedir que o fogo atinja as áreas habitadas. A situação é pior onde não há Corpo de Bombeiros. Um vilarejo, em Codó, na Região Leste, só tem um carro pipa e que nem sempre tem água por perto.
“Nós temos que ir à cidade, porque não tem nenhum poço que abastece o caminhão”, afirma o motorista de caminhão pipa, Edivaldo Silva.
“Nunca tinha acontecido uma tragédia dessas de queimar. Queimava, mas nunca tinha acontecido isso, esse estrago maior do mundo”, diz um agricultor.
O governo do Maranhão anunciou o reforço do efetivo dos bombeiros no Leste do estado.
Redação do Portal Canaã, com informações do JN