Centaurus começa sondagem do projeto Serra Misteriosa em Marabá

A mineradora precisou de seis meses, em grande parte dentro do período de chuvas, para escolher os alvos para esse projeto no Pará, realizado em parceria com a Terrativa.

A Centaurus Metals deu partida na semana passada na campanha inicial de sondagem diamantada no projeto de ouro Serra Misteriosa em Marabá. A empresa diz que a campanha terá cerca de 3.500 metros e vai testar diversos alvos que têm ao mesmo tempo características geofísicas e geoquímicas favoráveis em profundidades de até 300 metros.

Os alvos do projeto incluem uma anomalia de ouro no solo com mais de 100 ppb ao longo de dois quilômetros, que fica dentro de uma anomalia com 50 ppb e mais de cinco quilômetros de extensão.

“Os furos prioritários serão aqueles com alta cargabilidade (+40mV/V) que estão localizados imediatamente abaixo das anomalias com mais alto teor de ouro (arsênico e antimônio). Entende-se que esse tipo de alvo indica a presença de ouro primário e sulfetos disseminados portadores de ouro”, diz nota divulgada na quinta-feira (18) pela Centaurus.

A campanha tem também alguns furos para testar a estratigrafia que, por sua vez, vai auxiliar no entendimento do perfil de intemperismo, supérgeno, associação mineral primária e relações entre as diferentes fases intrusivas e rochas.

O diretor-geral da Centaurus, Darren Gordon, disse, em nota, que a companhia teve que se esforçar muito para desenvolver os alvos em Serra Misteriosa nos últimos seis meses, durante a estação das chuvas. Agora que as condições melhoraram, é gratificante ver as plataformas de sondagem em posição.

“A tremenda escala e robustez das anomalias de solo, junto com um consistente IP [Polarização Induzida] subsuperficial nos alvos, os torna alvos de sondagem excepcionais”, diz Gordon, que aguarda os resultados da sondagem para junho deste ano.

Segundo a mineradora, o projeto de ouro Serra Misteriosa é um bom alvo do ponto de vista geológico, geoquímico e geofísico, para se encontrar intrusões relacionadas à mineralização de ouro hospedada dentro de uma zona de cisalhamento.

A mineradora diz que essa campanha de 3.500 metros foi projetada para testar essa intrusão que faz parte do modelo geológico que “normalmente envolve sistemas extremamente grandes com teores variáveis”.

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