Arleides de Paula está de volta ao governo municipal de Canaã dos Carajás. Desta vez, a dama de ferro ataca como chefe de gabinete da Prefeitura. Arleides foi escolhida para o cargo dois dias depois de ter sido exonerada da Secretaria de Administração. O anúncio só foi feito na manhã de terça-feira (13), mas as cartas já estavam sendo dadas desde quarta-feira (7). Confesso que fiquei surpreso com a notícia… Mas não deveria ficar.
Por alguma razão maior do que a compreensão humana, Arleides de Paula é a pessoa que não pode ser tocada na Prefeitura. Não há forças neste mundo que possam tirar a personificação do poder de dentro do governo. A partir disso, duas possiblidades surgem: ou Arleides é a pessoa mais competente e insubstituível do planeta ou todo o governo, e não só o prefeito Jeová Andrade, tem uma ENORME dívida de gratidão por ela.
Ao exonerar a prefeitinha da Administração, Alexandre também retirou outros quatro secretários de seus cargos. Nenhum dos outros assumiu qualquer cargo de confiança nesse mínimo intervalo de tempo, mas a nossa querida e idolatrável Arleides já é chefe de gabinete. Ainda na ocasião, Alexandre afirmou que a exoneração era uma medida tomada para que todos os envolvidos na questão pudessem se defender.
Em dois dias, ela conseguiu se defender e deixar de ser ré? Não! Com a nomeação, a justificativa caiu por água a baixo.
A questão foi moral? Nenhum secretário réu em processo deve continuar exercendo um cargo de confiança? Também não, pois ela voltou rápido demais e a questão moral também foi deixada de lado.
Alexandre ‘pipocou’ da decisão e se lembrou que não há condições de se governar sem a dama de ferro ao seu lado? Talvez sim.
O caso é que a pretensa, e elogiada, ‘limpeza’ moral que Alexandre começou a fazer no governo já acabou. Não há justificativas para se exonerar um secretário de educação e uma secretária de assistência competentes, e recém-empossados em seus cargos, e manter Arleides no governo. Não há.
Alexandre nem sequer justificou a decisão que tomou. Talvez pelo simples fato de que a incoerência não se justifique. Dois pesos e duas medidas?
Vai trazer o André, a Ana Cristina e a Simone de volta também a cargos de confiança? Não? Então, só o que resta é um vasto vazio e um abismo enorme entre as decisões e a coerência.
Ah, dama de ferro… A pergunta que não quer calar é o que deve ser feito para se manter em tão alta conta assim. Quem dera todos nós estivéssemos assim tão seguros em nossos cargos, ganhando tão bem e com uma pele tão boa quanto a sua.
É mais fácil um camelo entrar no buraco de uma agulha do que Arleides ficar de fora do governo.
Por.
Kleysykennyson Carneiro