Vale cria novos usos e métodos de separação de rejeitos

A Vale vem obtendo avanços em novas soluções para o armazenamento de resíduos. Um deles é o método conhecido como beneficiamento de minério a seco, principalmente com a construção do S11D. Nesse método a água não é utilizada e, após a britagem e o peneiramento, os materiais estão prontos para o mercado.

Na Nova Caledônia, a mineradora está na fase de comissionamento do Projeto Lucy, pioneiro na indústria de níquel. Trata-se de uma planta que utiliza filtros que secam o resíduo, separando a água dos sólidos. Esse processo consiste em vários painéis verticais cobertos com um tecido de filtro capaz de reter o material sólido. Eles produzem bolos de resíduos, que representam mais de 70% de solidez, contra os atuais 17% que são armazenados na lagoa de rejeitos.

Em 2014, a Vale patenteou um processo inovador de separação de rejeitos capaz de separar a areia restante (sílica) dos rejeitos provenientes do minério de ferro. E o que fazer com essa areia restante? Um pequeno grupo de estudiosos, na Suíça e no Brasil, se inspirou nessa patente e começou a explorar a possibilidade de reutilizar essa areia reciclada como matéria-prima. Poucos sabem, mas a areia é um recurso natural relativamente escasso e representa o maior volume de matéria-prima utilizada na Terra depois da água.

Após diversas pesquisas, o grupo analisou a reutilização da areia reciclada na indústria de engenharia de rochas, que inclui produtos como bancadas de cozinha, entre outros. Eles sabiam que estavam no caminho certo quando descobriram que a Engenharia de Rochas é uma indústria avaliada em bilhões de dólares. Além disso, não existem instalações de fabricação nas Américas do Sul e Central e, como resultado da crescente escassez de areia natural, os preços são relativamente altos, o que torna a substância um negócio lucrativo nesse mercado.

Em Itajubá, Minas Gerais, a Vale, em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), está investindo em um projeto para desenvolver formas de utilizar rejeitos para fazer estradas. Com este estudo, em um futuro próximo, será possível pavimentar as estradas e rodovias com o rejeito da flotação do minério de ferro. Com informações da mineradora Vale.

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