Pai de Eike Batista é homenageado durante inauguração do projeto S11D

Durante a inauguração do Projeto S11D, neste sábado (17),  o diretor-presidente da Vale, Murilo Ferreira, homenageou o engenheiro, Eliezer Batista da Silva, pai do empresário Eike Batista, informando que o projeto S11D será Complexo S11D Eliezer Batista.

Eliezer Batista da Silva  um engenheiro brasileiro, que se notabilizou na presidência da antiga  Companhia Vale do Rio Doce, que exerceu por duas vezes, e por sua atuação no Programa Grande Carajás (PGC), a primeira iniciativa de exploração das riquezas da província mineral dos Carajás, abrangendo áreas do Pará até o Xingú, Goiás e Maranhão. É filho de José Batista da Silva e de Maria da Natividade Pereira, e pai do empresário Eike Batista que, em 2012, chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo.

Eliezer Batista diplomou-se pela Escola de Engenharia da Universidade do Paraná, em 1948. Engenheiro ferroviário, em 1949 foi contratado pela Vale então uma empresa inexpressiva e tornou-se seu primeiro presidente oriundo dos quadros da empresa, tendo assumido sua presidência em 1961. Coube a Eliezer Batista transformar a mineradora em uma das maiores companhias do planeta, presidindo-a de 1961 a 1964 e de 1979 a 1986.

Foi ministro das Minas e Energia do gabinete Hermes Lima (1962–1963) no governo do presidente João Goulart (1961–1964). Neste período foi a mola propulsora do projeto do Porto de Tubarão, capitaneando sua construção, no que contou com o apoio irrestrito de San Tiago Dantas, então ministro da Fazenda.

Ainda como ministro de João Goulart, exerceu o cargo de presidente do Conselho Nacional de Minas e Energia e da Comissão de Exportação de Materiais Estratégicos. Com a deposição de João Goulart, pelo golpe militar de março de 1964 foi sumariamente demitido da presidência da Vale e acusado, por alguns grupos militares, de ser “comunista”, e esteve ameaçado de ser preso; salvou-o o ditador Castelo Branco, que entretanto “aconselhou” que ele deveria ser presidente da Caemi, uma mineradora privada: “Era Caemi, ou cadeia. Não foi difícil escolher”

Exerceu, entre 1964 e 1968 os cargos de diretor-presidente da Minerações Brasileiras Reunidas S.A. (Rio de Janeiro) – resultado da fusão da Caemi com a Bethlehem Steel – e, logo em seguida, o de vice-presidente da Itabira International Company (Nova Iorque). Ainda em 1968, assumiu a diretoria da Itabira Eisenerz GmbH, em Düsseldorf, Alemanha Ocidental, posto no qual permaneceu até 1974. Quando da fundação da Rio Doce Internacional S.A., subsidiária da Vale em Bruxelas, tornou-se seu presidente.

A convite do presidente general João Figueiredo voltou a ocupar a presidência da Companhia Vale do Rio Doce, em 1979, cargo que exerceu até 1986. Após este mandato, retornou à Rio Doce Internacional.

Como presidente da Vale pela segunda vez, foi o responsável pelo Projeto Grande Carajás, oficialmente conhecido por Programa Grande Carajás (PGC), que passou a explorar as riquezas da província mineral dos Carajás – abrangendo uma área de 900.000 km², cortada pelos rios Xingu, Tocantins e Araguaia, e engloba terras do sudoeste do Pará, norte de Tocantins e oeste do Maranhão

Em 1990 recusou um convite para fazer parte da equipe ministerial de Fernando Collor de Mello (1990-1992). Entretanto, em 1992 assumiu a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), onde direcionou a atuação da Secretaria para os problemas ligados ao desenvolvimento econômico do país, especialmente a crise do setor elétrico. Deixou este cargo ainda em 1992, no início do processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Mello.

Em 1997 tornou-se um dos fundadores do Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentado (CEBDS) deixando neste ano a Rio Doce Internacional e assumindo uma cadeira no Conselho Coordenador de Ações Federais do Rio de Janeiro, da Federação das Indústrias do estado (Firjan). No segundo governo de Fernando Henrique Cardoso(1998-2002), foi membro do Conselho Coordenador das Ações Federais no Rio de Janeiro, órgão ligado à presidência da República.

Casou-se com uma alemã natural de Hamburgo, Jutta Fuhrken, e desse casamento nasceram 7 filhos, dentre eles Eike Batista. Atualmente, está casado com a dentista, professora e ex-reitora da Universidade Federal de Pelotas, situada no estado do Rio Grande do Sul.

Em novembro de 2009 foi lançado um documentário denominado Eliezer, o Engenheiro do Brasil, dirigido pelo cineasta Victor Lopes baseado no livro Conversas com Eliezer de Luiz Cesar Faro, Claudio Fernandez e Carlos Pousa, tendo este último como produtor, ao lado da TV Zero. Editado pela Insight Engenharia de Comunicação em 2005, o livro Conversas com Eliezer conta a história de Eliezer Batista a partir de 80 horas de depoimentos do próprio.

Eliezer Batista: o Engenheiro do Brasil é um filme que relata a trajetória daquele que ajudou a Companhia Vale do Rio Doce – hoje simplesmente Vale – a transformar-se numa multinacional. Eliezer trabalhou com quatro presidentes  — João Goulart, João Figueiredo, Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor  — e chegou a ser considerado comunista pelo regime militar, “entreguista” quando trabalhou na empresa privada Caemi, e hoje é o principal conselheiro do filho Eike.

Assista o filme o Engenheiro do Brasil

http://www.youtube.com/watch?v=kgT2CmB17Dc

Receba as notícias do Portal Canaã

Siga nosso perfil no Google News

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *