Colégio Equipe tem maior média do Enem no Pará

Alunos tem aulas de arte e festivais de cinema em colégio particular. Escolas públicas tem médias mais baixas, aponta Inep.

O colégio Equipe teve a média mais alta do Enem 2015 em todo o estado do Pará. A informação é do Insituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que divulgou os dados do exame nesta terça-feira (4). Os alunos do colégio tiveram pontuação média de 636,58 na prova objetiva, e 817 na redação. Apesar do resultado ter sido o melhor do Pará, no ranking nacional, está na posição 291 entre as escolas avaliadas.

Segundo o Ministério da Educação, o arquivo que reúne a pontuação de 1.212.908 estudantes em 14.998 escolas do país não é um ranking. Os dados são divulgados anualmente pelo Governo Federal para fomentar o debate sobre a qualidade da educação e, mais uma vez, atestaram que estudantes de colégios de particulares, com turmas pequenas e ampla variedade de recursos didáticos disponíveis conseguem notas melhores no exame que os alunos de escolas públicas localizadas em áreas empobrecidas.

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No colégio Equipe são 3.400 alunos divididos em unidades situadas em Belém, Ananindeua e Canaã dos Carajás, onde funciona em parceria com a mieradora Vale. Dependendo da localização da unidade, a mensalidade pode chegar a R$ 1 mil para os alunos regulares e R$ 2,8 mil para a educação integral – valor bem acima da renda per capita do paraense que, segundo o IBGE, era de R$ 672 em 2015.

De acordo com a diretora Karla Cancela, o diferencial do colégio está na relação com os alunos. “O nosso diferencial é o tratamento individualizado ao aluno, com orientação pedagógica. Aqui conhecemos a família e temos material didático próprio”, explica a educadora, descrevendo um cenário que deveria ser comum em todas as escolas do estado – mas acaba se tornando uma exceção que evidencia ainda mais as desigualdades sociais do Pará.

Além das aulas regulares de matemática, português e ciências a escola estimula outras aptidões dos alunos. “Temos um núcleo de arte desde a educação infantil, fazemos festivais de cinema e dialogamos com os alunos nas redes sociais, onde eles estão mais presentes. Para 2017 vamos ter  aulas de robótica e criação de aplicativos. O ensino mudou, o aluno não pode ser só um ‘assistidor de aula’. Temos que nos preparar”, explica a diretora. (G1)

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