Garças invadem praça e tomam conta do território em Belém – Veja imagens

Frequentadores e vendedores da Praça Batista Campos convivem com uma companhia que tem causado transtornos: são as garças, que ficam principalmente na copa da samaumeira, pelo lado da avenida Serzedelo Correa. Do alto dos prédios em frente à praça tem-se a dimensão do grande número dessas aves. “Tem muitas mesmo”, disse o vendedor de coco Rogério Cardozo, 42 anos. “Elas sujam o chão e os bancos da praça”, disse ele, que trabalha no local há quatro anos. Rogério afirmou que muitas pessoas evitam caminhar sob a samaumeira, para não ser alvo das fezes das garças. Rogério acredita que os peixes que têm nos lagos da praça atraem as aves, que fazem ninhos na copa da árvore. “Fica um pouco pitiú”, disse. O vendedor contou que, todos os sábados, a prefeitura lava a praça. “Mas, lá para terça-feira, está insuportável de novo. Quando está muito forte o odor, isso também acaba afastando os consumidores de comprar água de coco”, completou.

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Sobre o que deve ser feito, ele afirmou: “É complicado. É preciso um trabalho técnico profundo”. Silvério Lourenço Regis, 39 anos, 17 na praça, também reclamou do “cheiro de fezes das garças. Elas caem mortas, e o urubu vem. Elas trazem peixe, cobra mortos e jogam aí. Também cai (do alto da árvore) filhote”, afirmou. “Tanto que, embaixo da samaumeira, não tem barraca, acrescentou. Ele afirmou que o “mau cheiro” se intensifica quando chove – e, nessa época do ano, chove bastante em Belém. Ele disse que o fedor prejudica, sim, as vendas de água de coco. Um outro vendedor comentou que as garças ajudam os lavadores de carros, já que os veículos ficam sujos com as fezes dessas aves. “Se não fossem as garças, os flanelinhas iam passar fome”, brincou Silvério.

O lavador de carros Nazareno Silva da Silva tem 47 anos e desde os sete trabalha na praça. Ele afirmou que, por causa da sujeira causada pelas garças, lava de 15 a 20 carros por dia. Isso no período de 8 da manhã até 9 da noite. Cada lavagem custa entre R$ 15 e R$ 20. Segundo Nazareno, essa sujeira é causada “pela ‘catarrada’ de peixe” expelida pelas garças, pois elas se alimentam de peixe. “Isso mancha muito o carro”, afirmou. “Já fico com o balde cheio de água”, contou ele, que trabalha na praça pelo lado da avenida Serzedelo Correa. “E, quando chove, suja ainda mais”, completou. O representante comercial Carlos Gonçalves, 63 anos, faz caminhadas frequentes pela praça. “O que incomoda é o odor. Quando está chovendo, isso aumenta”, afirmou. “Às vezes, ao chegar em casa, tiro a blusa, que está suja, embranquecida. Acredito que elas vieram dos Mangal das Garças e do Museu Goeldi, ficando nos pontos mais altos das árvores”, disse.

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O bancário Augusto Batista, 54 anos, que também fazia caminhada na praça ontem pela manhã, afirmou que “já foi atingido” várias vezes. “É ruim porque é difícil as fezes. É igual um grude, uma liga, se não lavar na hora”. Para evitar ser sujo pelas fezes das garças, Augusto caminha mais rente à calçada, evitando passar sob a samaumeira. Para tentar amenizar a situação, o bancário sugere a colocação de uma tela. “Uma tela vazada. Levanta e baixa para lavar uma vez por semana, para não acumular muita coisa. Igual aquelas para carapanã”, afirmou.

A garça é uma ave ciconiforme que habita áreas próximas a rios, lagos, praias marítimas, manguezais e estuários. Vivem em regiões tropicais e subtropicais de todos os continentes, exceto Antártida. A maioria das espécies de garças possui penas brancas cobrindo todo corpo e pescoço longo. Os bicos grandes das garças podem variar de cor dependendo da espécie. Porém, as cores de bicos mais comuns são amarela, marrom e preta. Elas medem entre 70 e 85 cm de altura. E pesam, em média, de 3 a 5 quilos de acordo com a espécie. Alimenta-se basicamente de peixes, pequenos anfíbios, crustáceos e outras espécies de animais aquáticos de pequeno porte, ainda segundo o site. A Prefeitura de Belém, que faz a manutenção da praça, não tem estudos sobre as garças.

 

Fonte: Portal ORM

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